domingo, 21 de setembro de 2008

Término

Numa noite qualquer, depois de alguns poucos encontros e de um breve e lindo romance que a fez suspirar e esperar e planejar, ele disse que era o fim. Ela se foi em meio a passos tristes e contendo qualquer possibilidade de emoção adversa.

_ O que você fez? – disse um amigo que os dois tinham em comum.
_ O que você está falando? – perguntou o agora ex de modo nada educado.
_ Ela é linda! Você é um completo idiota! – afirmou o amigo naquele tom de voz que mistura fúria e incompreensão.

Isso ta meio texto-bobo-que-colocam-no-orkut, tipo "ela era única, ele era só mais um". Prometo ser uma pouco melhor que isso!! okay?!

Restaram algumas opções depois disso. A primeira delas um clichê do cinema comercial norte-americano. Ele a reencontra algum tempo depois, a mesma garota de sempre, doce, meiga, sublime, encantadora. Mantém um diálogo com o mesmo amigo da conversa anterior:

_ Hey! Ela é mesmo linda. _ afirma de forma um tanto boba.
_ Bem, eu sempre soube disso. _ fala categoricamente, já que para ele aquilo não era nenhuma novidade.
_ Você tinha razão, eu sou um completo idiota! _ Interrompe a fala com um longo gole de bebida, ponche, possivelmente.

A segunda opção, não é tão clássica ou encantadora, chega a ser pessimista, já que ela em meio a devaneios emotivos decide procurar o ex. Não foi uma boa idéia.

_ Cara, eu não suporto mais aquela garota. Ela não larga do meu pé! _ o ex fala prepotente, como se fosse o cara mais admirável do mundo.
_ Você é um completo idiota. Está dispensando uma garota incrível. _ Esse é amigo mesmo! Amigo dela! E adoro imaginar ele repetindo ‘Você é um completo idiota’, de modo enfático.
_ Ela é grudenta!
_ Você é cego. Não consegue ver o que está diante do seu nariz!

A terceira opção. Não... não... O amigo não vai terminar com a mocinha da história. Proponho algo mais realista.


Ela acaba aceitando como uma boa idéia aquele término. Talvez eles não tivessem mesmo nada a ver, ou tivessem se perdido um do outro em algum momento. Mas, de fato, ela gostava dele, não mais com a mesma intensidade de antes. Isso mesmo, não falo de paixão, ou amor; falo de admiração, de amizade.
Ele é engraçado, e ela gosta disso. Ele a diverte. No entanto, ele simplesmente não compreende onde ela quer chegar sendo sua amiga.

_ Não entendo porque ela fica falando comigo. _ diz o ex.
_ Ela é sua amiga. Ela era sua amiga antes e você dizia que a admirava, que era engraçada e que gostava dela exatamente por causa disso. _ diz o mais esperto e eficaz amigo homem do mundo!
_ Hum... Você acha mesmo? _ deve ser o personagem mais tapado do mundo. Será que foi baseado em alguém?
_ É! Eu acho! Caro amigo você tem que entender que nem todas as garotas morrem por você. Ela é diferente e foi por isso que você gostou dela. Às vezes você parece um completo idiota, sabia? _ Diz tudo isso variando o tom de sarcasmo na voz.

4 testemunhos

Unknown disse...

E como cansam.

Ando tão cética que não acredito mais em finais de nenhum desses tipos. Acho que os homens continuam achando que são o centro do mundo, as mulheres já compreenderam que eles não são, e amizades tão perfeitas assim não existem.

Pelo menos ainda temos você pra falar de romance. :*

Lorena Dana disse...

Concordo totalmente com a Ju aí em cima.
Simplesmente já decidi pensar que os homens não prestam e não tem capacidade mental para pensar opções.

Mateus Pureza disse...

pobres garotas, ;)

Paula Falcão disse...

Tenho pena de vc, Mateus, se arranjar confusão com essas duas!
Sério mesmo!
=P

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