segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vou-me embora pra Gramado

Eu vou... Eu vou, sim. Confesso que tentei fazer uma adaptação do conhecido poema de Manuel Bandeira, mas me contive. Gramado não tem rei, mas é como um território Britânico, falo sem conhecimento de causa (não conheço a Inglaterra e nem a Europa). Ao menos havia uma cabine telefônica daquelas vermelhinhas. Também não ‘tinha’ os gaúchos que eu queria... aqueles altos, loiros, lindos e com procedência alemã. Quanto à cama... dormi nos dois hotéis em que o pessoal da excursão se hospedou, mas não por escolha. A verdade é que eu sempre me desencontrava do ônibus que fazia a rota Gramado-Canela.

Eu sei que devia ter feito um diário de bordo para registrar meus feitos diários e arquivar as lembranças de modo mais contundente. Bem...Confiar somente na memória tem lá sua beleza. A gente ressalta coisas que talvez nem foram as mais importantes ou destacáveis. Aqui privilegio apenas pequenos relatos e dicas de passeios.

Enfim... A semana de 1º a 7 de junho de 2009 foi liiiinda, assim mesmo com todos os ‘i’s devidamente pontuados e enfatizados. Quem poderia imaginar que uma permissão repentina para uma viagem cujo destino oficial era 17º Festival Mundial de Publicidade e Propaganda de Gramado poderia resultar em algo extremamente divertido para uma estudante de jornalismo, que conhecia poucas pessoas em sua delegação?


Logo de cara, conheci a Maria Clara, irmã do Lucas (Ele diz que lê meu blog. Veremos agora!) e do João. Pronto! A gente se identificou como num estalo de dedos [ela é um doce] e já tínhamos um objetivo em comum: conhecer aquela linda cidade. Até Gramado fui conhecendo mais e mais gente * Não me atrevo a listar todos o nomes*. São pessoas com as quais me diverti muito e algumas delas quero levar comigo, se possível for.

Lá estavam cerca 40 e poucas pessoas confinadas 60 horas (30 na ida; 30 na volta) dentro de um ônibus executivo, cujo DVD funcionava quando queria. Ahhh... E ele só queria funcionar quando alguém colocava a faixa “Take my breath away”, que sem dúvidas é a música oficial da viagem. Foram muitos trucos, brincadeiras, lanches, cochilos, conversas e cantorias. E sim... nós tínhamos um cantor. Sempre tem!



Quanto à Canela e Gramado. Super-vale-a-pena conhecer! Falarei em poucos parágrafos de minhas vivências gaúchas, que nem de longe vão mostrar a beleza dessas cidades e as histórias ambientadas naquelas ruazinhas sem semáforos. Uma ode às rotatórias! E como é bom andar por aquelas ruas... Ai... ai... Canela lembra muito o vilarejo fictício Stars Hollow Connecticut, onde é ambientado Gilmore Girls. * Me senti a Rory, total!* Tive o prazer de desfrutar daquele céu impecavelmente azul, daqueles dias iluminados, e quando fazia calor... Voilá! 12o Celsius!

Visitei alguns pontos turísticos, mas faltaram vários. Como turista apaixonada, vou logo avisando... fiquei frustrada por não ir em todos. Fiz muito drama por não conhecer o Minimundo. Os lagos ficaram fora do roteiro, assim como os museus do Perfume, de Carros e o Mundo Encantado. Deu pra conhecer bastante coisa e foram só três dias e meio. Esses dramas já foram superados...

Falemos de coisas felizes e grátis *o que é algo ainda mais feliz* como passear no centro de Gramado, onde fica a Rua Coberta. Lá tem várias lojinhas, bares e restaurantes e uma trepadeira envolve todo o toldo em forma de arco, que cobre a rua comercial. Vale lembrar que não passam carros por lá. Vislumbrar a arquitetura também não custa nada. Vide Avenida das Hortênsias que corta a cidade de Gramado e as Catedrais de Pedra e de Canela.



Quanto aos passeios pagos tive que me contentar com a Aldeia do Papai Noel e com o teleférico da Cascata do Caracol. A Aldeia é uma gracinha, ainda mais à noite com as luzes ligadas, tudo muito bem cuidado, com direito a Papai Noel com barba de verdade e neve artificial. Também tem uma árvore dos desejos, que pela quantidade de plaquinhas dá margem para imaginar o número espantoso de pessoas que passou por lá. *A música natalina deve irritar muito os funcionários. Um verdadeiro teste de paciência* O teleférico, por sua vez, é impagável (Mas custa R$16. Pode me chamar de piadista!)... E báh... aquilo é alto! A Cascata no final do teleférico é um espetáculo e claro, vale aqueeela foto.



A noite implora por um fondue, mesmo porque devia estar uns dois graus negativos. Esse não podia faltar! Isso faz com que as pessoas declarem falência após um rodízio de fondue em um restaurante très chic. Queijo, carne e chocolate. A propósito o de carne é completamente ornamental... nem sei dizer quantos tipos de molho haviam e o que eram aquelas chapas na mesa?!

Mas quando a noite pede baladinha? Bem...tem-se duas opções: Vox, uma boate que não fui... e Billbar, que eu chamo carinhosamente de Billybar, neste tem que ir. Eu fui...Costumam dizer que lá tem quatro ou cinco ambientes. Admito que ainda não entendi a divisão. Acho que o critério não era musical, porque se for... só vi três! Pop rock (leia-se música ao vivo), house e pagode.

Ainda não falei das fábricas de chocolate. Acho que a mais famosa é a Caracol, mas achei o chocolate deles muito doce, portanto, o melhor sem dúvida é o chocolate Planalto! Delícia! Ahhh... tem ainda a Fábrica de Chocolate a Florybal... nunca me esquecerei da cascata de Chocolate! Okay... não era nada comparada a cachoeira da fábrica de Willy Wonka. O chocolate da cachoeirinha que vimos, que fez muitas pessoas ficarem com água na boca estava lá faz dois anos! Eu perguntei e nem sei até que ponto foi algo bom de se saber. *Curiosidade dá nessas coisas*.



No mais, já avisei aqui em casa, que se tudo der errado no jornalismo, farei hotelaria e Gramado que me aguarde! Pra finalizar uma pequena lista sobre minha viagem:

Trilha sonora: Take my breath away e Mulher de fases.
Comida: Doritos e Chocolate.
Filme: A fantástica fábrica de Chocolate – 1971 e 2005
Seriado: Gilmore Girls.
Frases: “Olha que coisa mais liiiiiinda!”;
“Quando eu quero mais eu vou pra Goiás. Mas quando eu quero muito, muito, mas muito mesmo, eu vou pra Gramado!”;
“Incrível como minha boca fica roxa por qualquer porcaria!”;
“Nunca precisei...”;
“Isso me lembra...”.

That’s all folks! Besostelonéame ;* |