sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Asfixia

Dizem por aí que a saudade pode ser hum... morta em apenas cinco minutos. E ela morre de asfixia. A proximidade, o abraço apertado que eleva a temperatura pelo atrito de dois corpos. Um suspiro para roubar-lhe o ar e o nobre sentimento perde muito de sua capacidade respiratória. Alguém inspira para abafar uma fala e a saudade que há pouco sufocava os indivíduos, agora está com a língua para fora, inegavelmente, morta. E não... não adianta reanimação, porque o atestado de óbito já estava assinado e a cerimônia funerária já começou com sorrisos e piadinhas típicas de reencontros.

Quer saber o que eu penso dessa morte? Ela é fajuta! Mentira. Eu sei muito bem que cinco minutinhos não afagam a saudade. Ao menos, isso não se aplica a mim. É claro, podemos culpar o fato de dramaticidade ser meu forte e me fazer procurar minuciosamente um motivo para desabrochar em lágrimas. Mas convenhamos, tudo ia muito bem até meu caminho sem graça ser interrompido pelo fato de te ver de novo. E que proporção ganha esse simples fato!


A lot like love - De repente amor - 2005 - "Não. Não estraga."

Eu não asfixiei a saudade por meio da proximidade, a arma letal para suprimir qualquer vestígio de distância não fez efeito. Os cinco minutos não passaram nem perto de aniquilar a falta ali dentro de mim. E ela também não desapareceu na meia hora seguinte. Eu me dilacerava internamente com cada piadinha que reavivava a memória. Sua presença me fez sangrar, talvez por não ser saudade objetivamente sua, que eu sentia. Não sei se era o “você” que eu queria.

Eu contive minhas vontades tentando entender a aura densa que nos envolve em qualquer conversa banal. Não consigo entender porque o assunto não acaba. Por que você está exatamente onde não deveria? Por que sempre ia fazer algo que não fez? Por que eu ainda sou visível pra você? A melhor opção para mim é que você mal lembre da minha existência, mesmo que eu faça um panelaço na porta de sua casa. Me ignore! Me ignore, por favor.

Sua aparição desenterrou tudo que caíra deliberadamente no abismo do esquecimento e me fez sentir saudades. Saudades ao contrário. Senti falta da falta que me fazia sentir de você. Sabe? Toda vez que metodicamente segurava o celular até a ligação cair, só para me ligar de volta 10, 15 minutos mais tarde. Fingir distração, ao passo que ficava olhando sorridente para o visor do celular que revelava em letras miúdas o meu nome.

Não... não... aquele abraço cordial não destruiu a saudade de você. Do você que eu idealizei. Aquela faceta que só eu conheço. O sorriso discreto que só eu sou capaz de ver. Maldita afinidade! Nem existe algo especial de verdade nisso tudo. Nada além do que eu julgo saber. Nada que seja mais verdadeiro que a minha própria asfixia ao presenciar o quão poética eu sou com relação a você e quão tudo está acabado. Resta apenas um último sufocamento pra aniquilar o vestígio mais esquisito de saudade que se ouviu falar. Quem sabe no próximo abraço?


Obrigada por lerem minhas lamúrias.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Meme vintage - Ontem e Hoje

Bem, acho que a Ju e Dana me indicaram.

http://julianaever.blogspot.com
www.danabox.com

Ontem

Eu era tagarela, sorridente e saltitante. Eu era uma pipoca, praticamente.
Eu queria viver uma história a la o Diário da Princesa.
Eu tinha um velocípede amarelo, uma bicicleta rosa e vários machucados no joelho.
Eu sabia fazer ponte.
Eu adorava assistir desenho e fazer poemas.
Eu gargalhava com muita frequência e sem motivo.
Eu duvidava que aquele maldito freio de burro ia concertar meus dentes.
Eu escutava Xuxa e sim... todos os conjuntos de Axé. (Vc tb escutava, ta!).
Eu viajava com a minha avó pra Rialma e pra Maricá.
Eu queria ser cantora ou cabeleireira.
Eu vestia short-saia e tops que mostravam a barriga.
Eu me assustava com o Chupa Cabra. Mostrengo que me atormentava.
Eu esperava ‘embunitecer’ depois da tortura odontológica.
Eu dizia um milhão de coisas ao mesmo tempo e rindo, ainda.
Eu bebia coca-cola, pitchulinha e grapete.
Eu sonhava beijar alguém um dia, mais especificamente qualquer um de meus amores platônicos. * não deu muito certo*


Hoje

Eu sou complicada e não muito definível. ;D
Eu quero ganhar mais dinheiro que a Meg Cabot.
Eu tenho um carro preto. (Meu velocípede não me cabia mais... aaah)
Eu sei falar inglês razoavelmente.
Eu adoro escrever, assistir filmes e dançar.
Eu gargalho com um pouco de critério. Eu disse... um pouco.
Eu escuto Pop Rock, muita Avril e sertanejo. (Sou do Goiás, bein!).
Eu viajo para congressos universitários e pro litoral com mamis, papis e Carlinha.
Eu quero é ser uma jornalista de sucesso.
Eu visto as calças que papai fabrica e não me serviam antes. Com meu toquezinho fashion, claro.
Eu espero que as pessoas gostem do que eu venha a escrever e/ou produzir.
Eu bebo coca-cola . *sempre*
Eu sonho beijar uma listinha boua ... mas explicito Chad Michael Murray pra vcs.
ha há.

Aos remanescentes... obrigada. Fico grata por ter leitores. ;D

Atualizar.
My new mission.

Ps: Acho que o vermelho do blog estava me desmotivando, portanto ele vai ficar mais clean assim por enquanto.